O poder de denunciar, educar e transformar que a arte tem é surpreendente. A arte ativista é a que mais faz sentido para mim, porque ela toca nas feridas da sociedade sem pedir licença.
Assisti ao espetáculo King Kong Fran a convite de uma amiga, sem saber do que se tratava quando entrei no teatro. A trilha sonora antes da peça começar era um funk pesado, e achei estranho. Depois, com a entrada da atriz, o clima de cabaré e erotismo tomou conta. Rapidamente, estávamos todos rindo das provocações da personagem e experimentando um certo sabor de vingança.
No meio do espetáculo, eu ria, mas começava a me sentir constrangida com o que se apresentava. No fim, veio o nó na garganta e uma vontade imensa de chorar, porque vi ali o que nós, mulheres, passamos há séculos.
Não quero entregar mais do que isso. É preciso assistir e sentir na pele.
Deixo aqui um BRAVO gigante para Rafaela Azevedo pela atuação poderosa e Pedro Brício, que juntos escreveram a peça e o livro inspirados na obra Teoria King Kong, de Virginie Despentes.
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